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DIA #2
05 de setembro de 2024

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Creditos fotográficos: Luana Santos

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Mariana Tengner Barros | EXCALIBUR - workshop Mariana Tengner Barros

10:00/13:00 e 15:00/18:00 | Nave Central


Fascina-me o modo como as pessoas se representam e mostram nos planos sociais da existência. Intrigam-me as tensões entre “parecer” e “ser” e como podemos viver mais próximos da nossa essência. Penetrar no abismo do mistério, sem medo, reclamando a magia recalcada pelo “contemporâneo”. EXCALIBUR como símbolo do que está oculto e que ressurge agora, nos corpos e suas manifestações oníricas e que se revela na luta contra a hiper-normalização.Este será um laboratório de experimentação criativa, que indaga as possibilidades da dança, do movimento e da performance como prática política de ativação do corpo. Serão investigados modos de atenção e estados de consciência que permitam a reconfiguração dos filtros que usamos para entender a “realidade”. Através da pesquisa de movimento com base na percepção e sensação, conexão corpo-mente e expansão dos sentidos, preparar-se-á outro corpo, articulado, que exprime a linguagem não linear e complexa oriunda da tópica emocional, sensorial e imaginativa, permitindo que a forma apareça através da sensação e da atenção. A prática de liberdade, sem as diversas “programações” a que estamos sujeitos enquanto seres humanos, ao desconstruir e reconstruir as múltiplas imagens que temos de nós próprios, e do mundo, enquanto dançamos. A noção de dança será constantemente posta em causa através da reconfiguração dos padrões de comportamento e identidade. Abarcar-se-á o jogo, o jogar a sério, que é brincar, porque brincar é essencial para a percepção lúcida da realidade, desligada da auto-censura e em sintonia com a curiosidade.
Irei partilhar inúmeras ferramentas que fui reunindo ao longo do meu percurso, desde práticas de movimento e meditação, a guiões imaginários e diferentes rituais, ferramentas que uso nos meus processos criativos e na vida em geral. Pede-se aos participantes para trazerem roupa e sapatos confortáveis, assim como 3 objectos fetiche (que tenham um especial valor para a pessoa que o traz).EXCALIBUR é dirigido a todas as pessoas que tenham interesse nestas questões, que tenham vontade de explorar diversas formas de expressão. Idade mínima 18 anos.

BIO Coreógrafa, bailarina, performer. O seu trabalho tem sido apresentado em diversos países na Europa e América do Sul, salientando “The Trap” (2011, Vencedor do Prémio do Público Jardin D’Europe, Áustria), “A Power Ballad” (2013) e “Resurrection” (2017) co-criações com o coreógrafo Mark Tompkins e “Instructions for the gods: i4gods” (2017), uma performance contínua de 5 h para museus em colaboração com o músico Pan.demi.CK. Colaborou com vários artistas em diferentes projectos enquanto bailarina, actriz e performer salientando Francisco Camacho, Meg Stuart, John Romão, Ballet Contemporâneo do Norte, Diana Niepce, Elizabete Francisca, Nuno Miguel, António Mv, Jonny Kadaver, Mee_K, Agnieszka Dmochowska, Raquel Castro, Retina Dance Company, Rafael Alvarez e Filipa Francisco.
Licenciada em dança pela Northern School of Contemporary Dance em Leeds, Inglaterra (2003). Estagiou no Ballet Theatre Munich, sob a direção artística de Philip Taylor em Munique (2004). Membro fundador do coletivo artístico The Resistance Movement em Leeds (2005). Completou o Programa de Estudo e Criação Coreográfica-PEPCC no Fórum Dança em Lisboa (2009). Foi artista associada da EIRA entre 2013 e 2016. É diretora artística d’A BELA Associação. Integra a banda Kundalini XS e o projecto musical performativo Digital Pimp Hard at Work, ambos editados pela Gruta. Em 2016 recebeu o Galardão de Mérito Municipal Cultural pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão pelo seu percurso profissional. Concilia o seu trabalho como criadora com o de formadora em diferentes contextos de oficinas e aulas para profissionais e não profissionais e trabalho de ação social, salientando o projecto continuado multidisciplinar A Floresta Invisível, focado na defesa das árvores anciãs e na promoção da consciência ambiental

Joclécio Azevedo | Uma coisa equilibrada entre duas coisas

15:00 | Espaço 1


Uma coisa equilibrada entre duas coisas é uma proposta que se materializa num encontro entre performer e público, circunscrito a uma pessoa de cada vez, em sessões de 15 minutos (numa duração total de 3 horas a cada dia). Utilizando ideias rejeitadas de outros processos de trabalho, numa acumulação de material “inútil”, a peça questiona modos de produção da performance, do objeto artístico, num contexto de aceleração produtiva e de escassez temporal. 

BIO Brasil, 1969. Vive no Porto desde 1990. O seu trabalho tenta articular diferentes papéis que a escrita pode assumir na prática artística, como gesto, matéria ou instrumento de registo da performance. Foi diretor artístico do Núcleo de Experimentação Coreográfica entre 2006 e 2011. É membro da direção plenária da GDA (Cooperativa de Gestão dos Direitos dos Artistas), desde 2008 e foi membro do Conselho de Curadores da Fundação GDA de 2010 a 2017. Artista residente da Circular Associação Cultural a partir de 2012 e coordenador do programa educativo da associação a partir de 2018. Organizou seminários e participou como formador em diversos programas como o FAICC – Formação avançada em interpretação e criação coreográfica, da Companhia Instável, a Oficina ZERO ou o Balleteatro Escola Profissional. Em 2016 trabalhou como assistente convidado no Curso de Especialização em Performance na FBAUP. Colaborou, de 2016 a 2018, com o grupo Sintoma – Performance, Investigação e Experimentação, orientado por Rita Castro Neves e desenvolvido pelo i2ADS Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Participou em trabalhos de diversos criadores ligados às artes plásticas ou performativas, como por exemplo Miguel Pereira, Isabelle Schad, Joshua Sofaer, Cildo Meireles, Tino Seghal, Peter Bebjak/Juraj Korec, Jean-Marc Heim, Ronit Ziv, Gary Stevens, Simone Forti, André Guedes, E. M. de Melo e Castro, Joana Providência, João Paulo Seara Cardoso, Ana Figueira, José Caldas, Isabel Barros e Né Barros. Frequenta atualmente o doutoramento em Arte Contemporânea do Colégio das Artes, Universidade de Coimbra.

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Imagem de Pedro Sottomayor

Henrique Furtado Vieira | Morrer Pelos Passarinhos 

19:00 | Praça


Morrer Pelos Passarinhos visa encontrar formas de partilhar significativamente com o público o fim de um mundo conforme o fomos conhecendo e de lembrar a força de que em coletivo se pode expressar o não sentido, o ser humano dissecado pela desordem do mundo, expresso no seu luto, contrariando a naturalidade com que aceitamos a sua degeneração. Uma coleção de rituais fúnebres que nos possam confrontar com o vazio, com o medo, com a desumanização, mas principalmente uns com os outros.
A coleção de performances Morrer pelos Passarinhos será apresentada na 6ª edição da MAPS - Mostra de Artes Performativas de Setúbal no dia 13 de julho, n’A Gráfica - Centro de Criação Artística.
As performances variam em forma, disciplina, dimensão e espaço, perseguindo a identidade coletiva do “público”, procurando ativá-la e tornando-a indispensável, reivindicativa da sua relação com um espaço que lhe foi sempre principalmente dedicado: o espaço de cena.

BIO Formado em engenharia de energia e meio ambiente, atualmente bailarino, performer e coreógrafo, Henrique Furtado Vieira vive em Lisboa. Efectuou a sua formação artística em várias instituições francesas (INSA de Lyon, Extensions – CDC de Toulouse, Prototype II e Dialogues III – Abadia de Royaumont).
Desenvolve a sua prática artística principalmente entre a criação coreográfica e a colaboração como intérprete com vários artistas tais como Bleuène Madelaine, Eric Languet, Aurélien Richard, Céline Cartillier, Tino Sehgal, Salomé Lamas, André Uerba, Sofia Dias & Vítor Roriz, Ana Renata Polónia, Vera Mantero, Boris Charmatz e Tania Soubry. Pontualmente dedica-se à investigação, à pedagogia e à escrita em relação com a dança, em diferentes contextos e através de múltiplas parcerias (O Rumo do Fumo, Unlock Dancing Plaza, Ballet Contemporâneo do Norte, festival END, Comédias do Minho...), e mais recentemente tem estado envolvido como dramaturgista nas coreografias de Nicolas Hubert (Compagnie Épiderme) e de Giulia Arduca (Compagnie Ke Kosa).
Os seus trabalhos são frequentemente criados em sinergia com outros artistas como em Bibi Ha Bibi, com Aloun Marchal, ou em Stand still you ever-moving spheres of heaven, com Chiara Taviani.
Nos seus espectáculos / performances destaca-se a sobreposição de estilos e de géneros, a presença vocal na dança e o(s) espaço(s) da imaginação.
Tem colaborado e apresentado o seu trabalho em instituições como Aerowaves, CDC Toulouse, Festival Roma Europa, Teatro Municipal do Porto, Festival Temps d’Image, Espaço do Tempo, CCB, entre outros.

Miguel Pereira | 61 minutos

21:30 | Blackbox
 

61 minutos pode ser um tempo para estarmos ou nos reencontrarmos, numa experiência colectiva e deambulante, que se se dirige erraticamente, podendo ser contemplativa, visual e sonora.

Uma tentativa de quebrar rotinas e padronizações dos sentidos, permitindo-nos ser simultaneamente actores e espectadores no contexto do nosso entorno real, abrindo novas possibilidades performativas e ficcionais.

BIO Miguel Pereira frequentou a Escola de Dança do Conservatório Nacional e a Escola Superior de Dança, em Lisboa. Foi bolseiro em Paris (Théâtre Contemporain de la Danse) e em Nova Iorque com uma bolsa do Ministério da Cultura. Como intérprete trabalhou, entre outros, com Filipa Francisco, Francisco Camacho e Vera Mantero. Participou na peça e no filme “António, Um Rapaz De Lisboa” de Jorge Silva Melo, trabalhou com Jérôme Bel em “Shirtologia (Miguel)” (1997) e foi intérprete em “LesInconsolés” de Alain Buffard, na remontagem da peça em 2017. Como criador destaca os trabalhos “Antonio Miguel”, peça com a qual recebeu o Prémio Revelação José Ribeiro da Fonte do Ministério da Cultura e uma menção honrosa do prémio Acarte/Maria Madalena Azeredo Perdigão (2000), “Notas Para Um Espectáculo Invisível” (2001), Data/Local (2002), “Corpo de Baile” (2005), “Karima meets Lisboa meets Miguel meetsCairo”, uma colaboração com a coreógrafa egípcia KarimaMansour (2006), “Doo” (2008), “Antonio e Miguel”, uma nova colaboração com Antonio Tagliarini (2010), “Op. 49” (2012), “WILDE” (2013) uma colaboração com a mala voadora, “Repertório para Cadeiras, Figurinos e Figurantes” (2015) para o Ballet Contemporâneo do Norte, “Peça para Negócio” e “Peça feliz” (2017), “Era um peito só cheio de promessas” (2019), “Falsos Amigos” (2021) em colaboração com Guillem Mont de Palol, e “Miquelina e Miguel” (2022) a partir da relação entre Miguel e a sua mãe, de 87 anos diagnosticada com demência. Em 2003, 2007 e 2015 criou para o repertório da Transitions Dance Company/Laban Centre as peças “Transitions”, “Transitions II” e “Transitions III” que integraram a tournée nacional e internacional da companhia (2003/2004, 2007/2008 e 2014/2015). No ano de 2003 foi alvo de uma mini-retrospectiva nas Caldas da Rainha, integrada no ciclo “Mapas” organizado pela Transforma-AC em colaboração com a ESTGAD. O seu trabalho tem sido apresentado em toda a Europa, Brasil, Uruguai e Chile, e é professor convidado em diferentes estruturas nacionais e internacionais. Desde 2000, convidado por Vera Mantero, é artista associado da estrutura O Rumo do Fumo.

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