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DIA #4
07 de setembro de 2024

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Filipa Duarte | Work in progress D1V3R: uma possível partitura para não esquecer de pensar.

15:00 | Blackbox


D1V3R: uma possível partitura para não esquecer de pensar., a nova criação de Filipa Duarte vem-nos propor um espaço liminar onde as repetições e os rituais são forma e conteúdo. Através de questões como: “Que possibilidades?”; “E se precisasses de 15 dias?”; “Ser a referência de si próprio?”; “O que estás disposta a deixar para ir embora?” e “Uma coisa que não fizeste, mas que querias fazer?” deixam um lastro na géstica da intérprete que nos convidam a refletir sobre questões de saúde mental no geral e do PHDA (Perturbação Hiperativa e Défice de Atenção) em particular, sobretudo no que concerne ao processo criativo e às questões associadas ao espectro do autismo.
Tocar no fantasma, mexer na ferida, falar do que nos é desconfortável. Procurar sentidos e novas formas de conviver. Usar o corpo, usar a palavra, demonstrar, mascarar e fazer. Ter um quotidiano marcado por pequenos rituais que se vão repetindo. Até ao próximo hiperfoco. Até ao próximo interesse. Até uma próxima criação.
Neste espaço de reflexão e repetição procuramos mais perguntas que nos vão alimentando o processo, sem nunca exigir uma resposta, mas sim abrindo possibilidades de novos olhares e novas potencialidades na forma como a neurodivergência é entendida nas artes performativas.

BIO Formada como Intérprete de Dança Contemporânea na Balleteatro Escola Profissional, Porto (2012-2015), participou também na Formação Avançada em Interpretação e Criação Coreográfica na Companhia Instável, Porto (2016), e frequentou um semestre na Escola Dansarte, Patras, Grécia (2017). Concluiu o Programa Avançado de Criação em Artes Performativas 3, com curadoria de Vânia Rovisco, no Fórum Dança, Lisboa (2019), e, mais recentemente, ingressou no Curso Profissional de Produção Cultural do Instituto de Produção Cultural e Imagem, Porto (2021-2022).
Estagiou na Companhia de Dança Quorum Ballet (2016) e recebeu bolsas de estudo em diversos eventos e formações, sendo aluna bolseira no Estúdio B (2012-2015), nas duas edições do Symposium de Práticas Artísticas e na Escola Dansarte (2017), na Formação Ecos do Futuro do Balleteatro Contemporâneo do Porto (2018) e na Escola de Verão do Festival Materiais Diversos (2019). 
Enquanto bailarina destaca "Mysterium Coninctionis" (2018) de Joana von Mayer Trindade, "O Melhor do Mundo", "Iniciação" (2021) e “Alba” (2023) para o Ballet Contemporâneo do Norte, "A Viagem do Rei” filme de Roger Mor e João Pedro Moreira, "O meu primeiro Corpo" (2022), uma criação da Estrutura, em coprodução com o Ballet Contemporâneo do Norte. Em 2022 desempenhou o papel de produtora e artista convidada no RE=INICIAR Encontro de Artes Performativas do Ballet Contemporâneo do Norte.
Como intérprete e criadora, destaca "Sahasrara-Lótus de Mil Pétalas" (2016), "Ophelia-Machine" (2019), "Bleak" (2021), e as co-criaçãoes "Não Vamos Mudar Nada (título momentâneo)" (2021), com Guilherme Barroso, e "Ensaio para o Eclipse Emocional" (2022), com Diogo M. Santos. Além de sua carreira artística, Filipa dedica-se à produção cultural desde 2016, colaborando com estruturas como Circular-Festival de Artes Performativas e Ballet Contemporâneo do Norte.
No que toca ao ensino artístico, iniciou o seu percurso no Espaço T no atelier de dança inclusiva, com o qual estreia uma peça anualmente no Corpo Evento - ciclo de espetáculos em teatro e dança. Atualmente, leciona técnica de dança contemporânea, ballet clássico e sessões de improvisação e criação em diversas academias e instituições.

Diogo Sottomayor. O seu trabalho como docente na faculdade de medicina aliada à sua formação em Teatro e Artes Plásticas levou-a lapidar cruzamentos entre Texto e Imagem na sua prática artística assim como, tem um papel muito ativo nas questões de comunicação no âmbito da saúde mental. 

Joana Guilherme Pinto, de 27 anos, nasceu em Matosinhos.É atriz e é co-diretora artística e criadora dos BALA e diretora artística dos GAIVOTAÀJANELA.

Manuel Monteiro (1997), Ator, licenciou-se em comunicação audiovisual na ESMAD o que lhe permite trabalhar de forma multidisciplinar na área do cinema. Tem ainda um especial interesse na área da docência, nomeadamente em projetos de contacto com a comunidade. 

Ricardo Nogueira Fernandes, nascido no Porto, a par do trabalho de arquitectura e desenho, desenvolve um percurso musical que procura a relação entre som, espaço e corpo.

Rui Ferreira (1993) é músico e fotógrafo residente em Vila Nova de Gaia. Trabalha em música e fotografia com especial relevo na área da dança. O seu trabalho habita nos interstícios da fotografia e da música e relações que estabelece nestas suas práticas.

Fernando Mota | Concerto para uma árvore

19:00 | Praça


Concerto para uma Árvore marca o início de um ciclo de criações no qual têm sido desenvolvidos objectos de naturezas diversas, como o filme 7 Poemas para um Mundo Novo, o espectáculo multidisciplinar Passagem Secreta ou o livro-cd Instrumentária Poética, que deu o nome a esta fase criativa. Este ciclo caracteriza-se pelo desenvolvimento de instrumentos musicais experimentais e objectos sonoros a partir de árvores, ramos, rochas e outros elementos naturais e por uma pesquisa musical, visual e temática a partir destas matérias.
Em Concerto para uma Árvore Fernando Mota utiliza alguns destes instrumentos musicais para criar um espectáculo ritualista e exploratório que tem sido apresentado nos mais diversos espaços. Além da birdCAGE e da Ramira, grande parte do Concerto centra-se no instrumento criado a partir de um carvalho, recolhido numa limpeza de terrenos na Serra de Montemuro no início de 2020, no qual foram esticadas cordas entre os ramos e pendurados sinos no lugar de folhas.
Concerto para uma Árvore é decididamente o espectáculo de Fernando Mota mais versátil em
termos de público ou espaço, tendo sido apresentado nas mais diversas circunstâncias desde um dos auditórios da Gulbenkian até à igreja de Cem Soldos (Festival Bons Sons), passando por
teatros, praças, galerias, claustros e bosques escondidos.

BIO No seu percurso tem vindo a desenvolver uma linguagem multidisciplinar, juntando a música, o teatro, as artes visuais e a poesia na criação de objectos de naturezas diversas como espectáculos, instalações, filmes e edições várias. O seu universo resulta do cruzamento de diversas linguagens, geografias e ferramentas bem como da constante exploração sonora e da construção de instrumentos experimentais e objetos sonoros a partir de materiais diversos.
Compõe regularmente música para teatro, dança e cinema de animação, tendo colaborado com
diversos diretores, companhias e produtoras. No início de 2020 começou um ciclo de criações à volta de instrumentos musicais e objectos sonoros construídos a partir de árvores, pedras e outros elementos naturais. O primeiro dos objectos a ser criado foi o Concerto para uma Árvore, seguido por 7 Poemas para um Mundo Novo, um conjunto de sete curtas metragens que dirigiu com o realizador Mário Melo Costa, a partir de textos inéditos de Andreia C. Faria, António Barahona, Joana Bértholo, José Luís Peixoto, Marcos Foz e Vasco Gato e um poema de Mário Cesariny, inspirados na pandemia e no Mundo que virá a seguir. Em 2021 estreou o espectáculo multidisciplinar Passagem Secreta, com texto de Vasco Gato e videos de Mário Melo Costa, a partir da pesquisa acerca do sistema de comunicação das árvores através das raízes e dos conceitos de pertença e comunidade.
E em 2023 dirigiu do Princípio do Mundo, um projecto criado em sete residências artísticas em
diferentes regiões de Portugal, que cruza a música e a pesquisa sonora com as artes visuais,
resultando num concerto, numa instalação audio-visual e num passeio sonoro em cada um dos sete locais. Cada um dos objectos será desenvolvido a partir da pesquisa dos elementos naturais de cada local, segundo o método de composição Sursum Corda, inspirado pela teoria pitagórica da Harmonia das Esferas e pela expressão Nada Brahma, dos Vedas indianos, que pode ser traduzida por traduzida por "o Mundo é Som”.
Neste momento encontra-se a desenvolver na Fundação Serralves o projecto CORPO | uma
topografia sonora, uma instalação sonora interactiva criada a partir de materiais recolhidos no
Parque de Serralves

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imagem para comunicação_Mikael Häggs trom, CC0, via Wikimedia Commons.jpg

Colectivo Suspeito | Ultrassom

21:30 | Blackbox


Ultrassom é um projecto de cruzamento disciplinar entre dança, música e artes visuais. Surge da colaboração entre o Colectivo Suspeito, Maria R. Soares e Ricardo Nogueira Fernandes.
Diversos animais utilizam as frequências ultrassónicascomo forma de navegação, detectando rotas, alimentos e perigos vários. Com base nessa observação, também os humanos desenvolveram as suas próprias fórmulas de mapeamento e navegação espacial a partir deste tipo de sons.
A mesma matéria sonora serve como forma de mapear-nos a nós mesmos, ser biológico, percorrendo e visualizando o nosso corpo interior, ao converter ondas sonoras em imagem em tempo real, através de um eco que procura, analisa, diagnostica e até trata.
Esta relação directa entre vibração sonora e imagem, através de uma interacção entre corpo biológico e tecnológico, e, mediada por estímulos eléctricos, será a base desta criação, trabalhada e mostrada neste encontro enquanto processo de trabalho aberto.

BIO
Suspeito é um colectivo artístico formado pelo designer e engenheiro João Dias-Oliveira e pelos arquitectos Nuno Mota e Rossana Ribeiro.
A sua produção surge principalmente sobre a forma da instalação e da cenografia, imbuída de uma carga muitas vezes performática. O colectivo pretende assumir-se como uma prática artística que trabalha as relações de interdependência entre obra, receptor e espaço, podendo o enfoque do trabalho cair mais sobre uns ou outros.
Maria R. Soares, bailarina e coreógrafa que trabalha na criação de novos dispositivos que interseccionam coreografia, performance e sonoridade, ativados por dinâmicas de conflito, dissonância, intimidade e afeto.
Ricardo Nogueira Fernandes, nascido no Porto, a par do trabalho de arquitectura e desenho, desenvolve um percurso musical que procura a relação entre som, espaço e corpo.

Vinicius Massucato | окрошка: okroshka

22:30 | Blackbox


Viveremos em uma sociedade de perigos, com, de um lado, aqueles que estão em perigo, e de outro, aqueles que são perigosos. Os atos de prazer se converterão no ponto central no exame de um sujeito. A partir do surgimento das aborrecidas madrugadas da burguesia vitoriana, a sexualidade é encerrada. Retira-se para dentro dos aposentos dos pais. A família a sequestra. Os gemidos se calam, o sexo emudece. Tudo que for considerado anormal ou insuportável será punido. Faz-se a lei da obediência, e através da lei se trespassa o corpo, pela confissão da carne. Rezemos, assim, a missa da nossa sexualidade.

BIO Vinicius Massucato (São Paulo - Brasil, 33 anos, ator). Começou no teatro sob a direção de José Celso Martinez Corrêa. Trabalhou com diversos artistas de destaque na cena contemporânea das artes visuais brasileira como Erika Verzutti e Leda Catunda. Colaborou com artistas portugueses e internacionais como Angélica Liddell. É estudante de Filosofia, vive e trabalha em Portugal desde 2016.

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